quarta-feira, 30 de julho de 2008

Você é tão gay e eu beijei uma garota

Já que eu tenho falado sozinha ultimamente, resolvi fazer uma pergunta aos meus leitores. Essa música também está fazendo sucesso no Brasil? Porque aqui, toca o tempo todo. Eu acabei de ver o clipe no youtube e achei o pior de todos os tempos. É de uma tal de Katy Perry, americana que ficou famosa com seu primeiro single "Ur so gay", canção escrita para se vingar de um ex-namorado que virou gay. Depois disso, parece que ela resolveu experimentar e beijar garotas também. "I kissed a girl" é muito ruim, especialmente porque toca tipo "My heart will go on" na época de Titanic. "Ur so gay" é mais engraçada, a letra zoa o visual emo/indie do cara, dizendo que espera que ele se enforque com seu echarpe da H&M e o clipe mostra as fotos dele no facebook. Ainda assim, me questiono sobre a abordagem comercial/musical da temática... E sobre o fato de, no clipe de "I kissed a girl", a Katy acordar no fim, dando a entender que tudo não passou de um sonho, afinal, "that's not what good girls should do". Britney Spears faria melhor.

domingo, 27 de julho de 2008

Pérolas de sabedoria...

Uma das coisas boas de conhecer gente de várias partes do mundo, é que você aprende um monte de coisas super úteis. Eu aprendi, por exemplo, que, no Japão, todo mundo usa a mesma água da banheira. Pressupõe-se que as pessoas tomem uma ducha antes de entrar na banheira, mas, ainda assim, por mais ecológico que o ato seja, me parece um tanto quanto anti-higiênico. Se você é visita, porém, tem o direito a entrar primeiro na banheira. E como eles fazem se há mais de um visitante?

Também aprendi que aquela música gravada por aquele grupo formado num programa estilo American Idol do SBT, Broz, "sim, sim, sim, esse amor é tão profundo, você é minha prometida eu vou gritar pra todo mundo", é uma versão de um clássico colombiano do Carlos Vives, um cantor super estrela, orgulho nacional, tipo a Shakira.

Aprendi, ainda, que os chilenos, que falam praticamente um dialeto que não se pode chamar exatamente de espanhol, usam a palavra "pololo" para namorado e "polola" para namorada. Um casal está, pois, pololando. Vem do nome de uma mosquinha, que fica rondando a cabeça das pessoas! Expressão mais fofa!


sábado, 19 de julho de 2008

É só um grupo!

Acabei sendo convencida de que a Galeria Uffizi valia a visita, pelos quadros das Tartarugas Ninjas que lá se encontram e, contrariada, entrei no museu em que jurei jamais pisar novamente! Tirando o fato de que os italianos não sabem construir nem conservar museus (fazia 40 graus lá dentro e o sol batia em um monte de quadros - não sou especialista nem nada, mas algo me diz que isso não deve fazer muito bem a pinturas que têm vários séculos de existência), a Galeria realmente vale a pena, muitos clássicos, daqueles que a gente cresce vendo em livros, etc. Mas, o melhor de tudo foi o comentário de duas brasileiras, na sala dedicada ao Botticelli. A galera se espremendo pra ver "O Nascimento da Vênus" e "Primavera". As duas, do lado oposto, apontaram para "Primavera" e uma perguntou para a outra: "Nossa, tem tanta gente ali! Aquele quadro é famoso ou é só um grupo de turistas?". A outra respondeu: "É só um grupo". Vejam bem, não quero soar esnobe nem nada, porque eu também não faço idéia do que são a maioria das obras que vi, mas que foi engraçado, isso foi.

domingo, 13 de julho de 2008

É o catzo!

Todo mundo sonha com a Itália, porque os italianos são lindos, falam alto, comem bem, são parecidos com os brasileiros, etc. Embora reconheça a importância do país da bota para a história da arte mundial, tenho dificuldade para entender o porquê de tamanha comoção quando o assunto é a pátria Azurra. Minha segunda visita à Itália apenas serviu para confirmar as desconfianças que tinha: os italianos não são todos lindos, pelo contrário, boa parte é racista, machista, mal educada, grosseira, antipática, apenas para citar alguns adjetivos que vieram à minha mente.

Tínhamos chegado há dois minutos em Pisa, onde pegaríamos um trem para Florença. Havia apenas cinco minutos para chegarmos até a plataforma, que eu não tinha idéia de onde ficava. Perguntei, pois, para o moço que vendia os bilhetes, se daria tempo de pegarmos o trem. Resposta: "Não sei, eu não vou pegar trem nenhum". Simpatia é quase amor. Mas beleza, ignoramos, afinal, tínhamos acabado de chegar, e estávamos na Itália, essa terra tão cantada.

Primeiro dia em Florença, cidade invadida por turistas de forma nunca dantes vista: fila gigantesca para entrar em todos os lugares! Eis que tivemos uma idéia genial. Comprar ingresso com antecedência para a Galeria Uffizi, assim não precisaríamos enfrentar fila. O ingresso para jornalistas era de graça, como acontece em alguns museus na Europa; eu apenas precisaria pagar a taxa de reserva. Porém, não tenho a carteira do sindicato, apenas uma de um lugar onde trabalhei. Como sei que não é oficial, geralmente falo "olha, tenho essa carteira do Brasil, vocês aceitam?". Até hoje, apenas um museu recusou. E foi o que fiz na Itália, pro meu mais amargo arrependimento. Tive o azar de cair no italiano mais escroto (com o perdão da palavra) de toda a Itália. O cara começou ironizando a minha carteira, dizendo que eu tinha feito um bom trabalho no computador. Perguntou a minha idade e, achando que eu tava zonando com a cara dele, zonou da minha cara também, duvidando do meu quarto de século. Mostrei minha identidade, mas o cara continuava me sacaneando, dessa vez achando hilário que a carteira apresentada datasse de 2003 ("ah, mas claro, faz 5 anos que você é jornalista"). E eu fui ficando puta, muito puta, porque quem é esse idiota para tratar as pessoas assim? A gota d´água foi quando ele falou que eu devia ser uma jornalista realmente muito importante. Na moral, vai catar coquinho, pra não dizer outra coisa. Arranquei meus documentos da mão dele e resolvi que não ia mais naquele museu.

Nessas horas você se sente muito idiota por não falar a língua. Porque se fosse no Brasil e alguém me destratasse dessa forma, eu ia fazer um escândalo, mandar chamar o gerente, o dono do museu, o Berlusconi, ressuscitar o Boticelli e o escambau. Mas não fiz nada, apenas fui embora e fiquei emburrada o resto do dia, arrependida por não ter feito um escândalo ou dado um soco na cara do idiota.

Eu não quero generalizar nem nada, essa é apenas a minha impressão, corroborada por amigos que estão vivendo lá e passando vários perrengues porque são estrangeiros. Tenho certeza de que há italianos muito legais escondidos em algum lugar, só não tive a sorte de cruzar com nenhum deles. E se alguém for a Florença qualquer dia desses, por favor, vingue-se do bilheteiro escroto da galeria Uffizi por mim!

sábado, 12 de julho de 2008

Coluna 2

Sei que o blog anda meio abandonado, mas é por razões justas. A nova coluna já está no site. Cliquem aqui!

Beijos saudosos!